Um intestino saudável é um território seguro que gera hormônios saudáveis!
Antes não éramos cientes do quanto a conexão entre o intestino e os hormônios poderiam nos afetar de tal maneira, que nem imaginávamos. Do controle de açúcar no sangue até o ganho de peso, da função da tiróide, do ciclo menstrual até a fertilidade, da saúde da nossa pele, e muito mais – consegue entender a grande influência que os hormônios têm em nossa saúde?
O trato gastro intestinal produz muitos hormônios, dos quais conhecemos apenas alguns, que desempenham importantes ações na nossa homeostase (que são mecanismos que o nosso corpo usa para alcançar o equilíbrio).
Vamos dar um exemplo de homeostase aqui: deixar a glicemia equilibrada ( níveis de açúcar no nosso sangue). Quando comemos grandes quantidades de carboidratos simples, farinhas refinadas e doces, a glicemia se eleva demais no sangue, além do normal. Para normalizar essa glicemia, o corpo precisa de um hormônio chamado insulina, que vai ser excretado pelo pâncreas, e carregar esse excesso de glicose para dentro das células (e outros órgãos também), e assim os níveis de açúcar do sangue baixam e voltam ao normal (equilibrado).
Vários órgãos digestivos são influenciados por hormônios intestinais que são excretados pelas células no estômago, pâncreas e intestino delgado.
Já foi citado anteriormente, que além do sistema nervoso central (cérebro), temos o sistema nervoso periférico (nervo). Pois então, estudos tem mostrado que a maioria dos aminoácidos de cadeia curta ( peptídeos intestinais ) agem como neurotransmissores e neuromoduladores – melhor dizendo, hormônios – mostrando que nosso sistema nervoso central e periférico conectam a saúde do nosso intestino à saúde do nosso humor, e ao funcionamento do sistema nervoso. Calama, não acaba por aí!
Os hormônios intestinais desempenham também um papel muito importante em regular nosso apetite e nosso peso. A 'leptina' por exemplo, assume um sistema sensacional em nosso corpo, e podemos dizer que é o principal entre esses hormônios, pois nos diz quando comer, quando armazenar gordura e quando precisamos aumentar nossa ingestão de carboidratos para energia, em vez de gordura e proteína. Não se alegre, esse carboidrato que falamos, não é o pão! rsrs E...a sua falta de energia pode ser por motivos de desequilíbrio hormonal e não por falta de carboidratos, ok!
O que mantêm o equilíbrio necessário para a sobrevivência do corpo é um sistema complexo de ciclos de retorno exercida pela ação entre nossos hormônios da comunicação, como a leptina por exemplo. Com a comida certa e períodos de jejum intermitente, essa comunicação e harmonia nos proporcionam melhor saúde e maior longevidade.
Por exemplo, o enteroglucagon é um hormônio peptídico localizado no intestino delgado e tem um papel na secreção de insulina, e também estimula a renovação celular da mucosa intestinal. A colecistoquinina existe nos nervos entéricos, e estudos recentes indicam a existência de um sistema no tubo digestivo que identifica a presença de alimentos e sinaliza o sistema nervoso central via mecanismos neurais e endócrinos a regular em curto prazo o apetite e a saciedade. Há dois tipos distintos de receptores para a CCK (colecistoquinina). O receptor CCK1 predomina no tubo digestivo enquanto o receptor CCK 2 predomina no cérebro, enquanto o peptídeo localizado no intestino grosso inibi a ingestão de comida por reduzir nosso apetite. Portanto, se o nosso intestino estiver em desequilíbrio ou doente, podemos ver o quanto isso pode ser um problema.
Bom, então podemos chegar à conclusão que, uma nutrição e cuidados adequados com nosso intestino podem ser os melhores aliados para que possamos sustentar um peso saudável. Visto que, muitos dos hormônios intestinais regulam nosso açúcar, e controlam nossa capacidade de sentirmos satisfeitos com o que comemos.
Por causa da nossa dieta exageradamente processada, rica em carboidratos, a regra que nos foi imposta de que devemos comer constantemente, e fazer lanches ou comer a cada poucas horas, fizeram nossos hormônios intestinais, mais precisamente a leptina e insulina (nossos principais hormônios da comunicação) ficarem sobrecarregados e resistentes. Consequentemente afetando nossa saúde de forma negativa. Por quê? Quando falamos de apetite e peso, o fato desses hormônios terem ficado resistentes e sobrecarregados, eles se tornaram incapazes de registrar e interpretar as mensagens que são passadas para eles, quando se trata de apetite e peso.
Como podemos apoiar os hormônios intestinais?
Evitando uma dieta rica em carboidratos refinados, altamente processada e o consumo de açúcares, seria a forma mais coerente de auxiliar esses hormônios.
Seguindo as instruções dos próximos posts, tudo o que você já aprendeu até aqui sobre o seu intestino, e o quanto ele é importante para sua saúde, você poderá mudar o seu peso, trocar as funções do seu corpo todo para um corpo que passará a providenciar um corpo que edifica saúde, pois passará a construir um comunicação saudável entre seus hormônios intestinais, possibilitando uma saúde plena. Assim seja!
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